domingo, 23 de março de 2008

Vós me livrastes Senhor

Vós me livrastes Senhor

Padre José Augusto
Foto: Lucilene Maria
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Que nesta noite a nossa alma possa estar exultando de alegria. Vocês viram que as leituras do Antigo Testamento foram lidas, apontavam para Aquele que seria crucificado um dia e que daria a vida por nós.

No dia de hoje nós comemoramos o antes de Cristo e depois de Cristo. O antes de Cristo que é o Antigo Testamento, são todas essas leituras que nós acabamos de ouvir. Mas vejam só, tudo aponta para o centro, tudo aponta para o pantocrático que está ali, Ele com o livro na mão, como o justo Juiz, como o Senhor dos Senhores.

Na primeira leitura fala da criação, no princípio Deus criou o céu, a terra, o mar, as estrelas, dividiu as trevas da luz, criou cada um de nós, mas em tudo se aponta para Cristo. Depois de Cristo, no Novo Testamento, o Evangelho de são João no capítulo 1, diz assim: “No princípio era o verbo, e o verbo estava junto de Deus, e o verbo era Deus, ele estava no princípio junto de Deus tudo foi feito por Ele, e sem ele nada foi feito”.
Sem quem? Aquele que ontem os nossos olhos se voltavam para o calvário e Ele morria na cruz. Ele que lá no princípio criou tudo, agora Ele vem no meio de nós.

Todas essas leituras foram feitas simplesmente para vermos que, tudo aponta para Jesus. No livro do Gênesis narra que Abraão começa a subir o Monte Moriá, e ele sobe com o seu filho, o filho da promessa. Abraão sobe o Monte Moriá numa confiança muito grande, e quando eles chegam lá, Isaac faz uma pergunta que é muito importante para nós: “Pai, onde está o cordeiro?” Ele não sabia que era ele quem seria sacrificado. Abraão como quem olhando para o futuro diz: “Deus providenciará meu filho!” E na hora que ele ia sacrificar Isaac o anjo apareceu.

Há dois mil anos atrás, sobe mais uma vez, agora o Filho, sobe o Monte Moriá, que hoje é chamado de Monte Calvário. João no capítulo 1, 29 diz: “Eis o cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”. E o que Abraão disse: “Meu filho, Deus providenciará!” Deus providenciou agora o Cordeiro, o Cordeiro é o Filho d’Ele que sobe o calvário não mais com a lenha, mas com a cruz. E carregando a cruz Ele vai carregando cada um de nós porque era necessário que o Pai perdoasse a cada um.

Ele sobe o mesmo Monte que Abraão subiu há muitos anos atrás, agora Ele sobe com a Cruz nas costas, Deus providenciou. Percebam como aponta para Cristo. Porque ele precisava dar a maior sentença que o ser humano deveria ouvir na face da terra, a sentença de vida ou de morte para todos os filhos de Deus desde o início, até o último, que vai nascer no dia que Jesus voltar.

A sentença é de vida ou de morte, e ali no Monte Moriá que hoje é chamado de Monte Calvário Ele se deita na cruz e ao meio dia Ele é crucificado, às três horas da tarde a sentença precisava ser dada, vida ou morte para todos os filhos de Deus, e só poderia vir com o perdão.

Depois de três horas crucificado com o s braços abertos, agora Ele olha para o pai e diz: “Pai perdoa desde Adão até o último que virá quando eu voltar na minha glória, perdoa a todos Pai!” E Ele entrega o espírito e o Pai lá do céu diz: “Estão todos perdoados”!

“Vinde a mim todos que estão sedentos” (Isaías 55). Mais uma vez Jesus diz, agora diante do templo: “Eu sou aquele que posso matar a sua sede, se alguém tiver sede venha a mim e beba”.

Quem tiver sede venha para Jesus, é Ele que mata a sede
Foto: Lucilene Maria

Quem tiver sede venha para Jesus, Ele é o Cordeiro, é Ele que mata a sede.

Nós exaltamos o Senhor, porque ontem quando a cruz foi colocada como centro do mundo, a terra inteira exultou de alegria. Exultamos diante de Deus, porque Ele subiu o Monte Calvário para dar a vida por cada um de nós.

Estávamos esperando a realização das profecias que Ele mesmo tinha dito, Ele disse: “O Filho do Homem vai ser entregue aos pecadores, mas ao terceiro dia Ele ressuscitará”.

As mulheres que foram tão desprezadas no Antigo Testamento, no Evangelho de São Lucas, mostra que quando Jesus ia pregando o Evangelho algumas mulheres o seguiam. E na hora em que Jesus está lá no calvário lá estavam algumas mulheres.

“Junto a cruz de Jesus estavam de pé, Sua Mãe, a irmã de sua mãe Maria, Maria mulher de Cléofas, e Maria Madalena (João 19,25).

Aqui está o grande testemunho, elas viram o Senhor crucificado porque os apóstolos deram no pé, só ficou lá João. Mas quando as mulheres chegaram o túmulo estava aberto, quando elas chegaram lá como diz no Evangelho, diz que um anjo do Senhor desceu do céu e rolou a pedra, e quando elas chegaram olharam não tinha mais ninguém, o morto que estava morto, não está mais morto, está vivo para toda a eternidade.

Elas são testemunhas oculares, viram Jesus ser crucificado, O viram ser colocado no túmulo, e viram agora o túmulo aberto. E o anjo diz para elas: “Não temais”!

Depois da ressurreição do Senhor não tenham medo! Todo o teu medo foi sepultado na cruz de Cristo. Nada de tristeza, o túmulo está vazio, acabou, a morte morreu! A morte morreu!

O que o evangelista está dizendo, o túmulo é apenas uma passagem, você entra, e quando você sai do outro lado, você sai na eternidade. Não tenham medo da morte, a morte foi vencida e esmagada no calvário. Para aqueles que crêem em Cristo, é apenas uma passagem para a vida eternidade, a morte não é o fim, é apenas o começo.

Ele está vivo! E o que Jesus fez? Ele disse: “Vão falar que eu estou vivo”! Então por favor, saiam daqui e vão falar para a humanidade, para os homens todos, e para as mulheres que ainda não conhecem Jesus, que Ele verdadeiramente ressuscitou!

Transcrição: Célia Grego

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